Sunday, January 30, 2011

O CONCEITO DE MEIO AMBIENTE

Desde o ponto de vista, é óbvio que a noção de meio ambiente (environment) não é a ordinariamente aceita.

Na descrição que o senso comum faz do nosso mundo, o meio ambiente é aquilo que cerca a todos nós; nós pensamos nele como algo existente, quer, nós, por acaso, estejamos nele, quer não.

No modo construtivista, o ambiente possui dois sentidos bastante distintos.

De um lado, quando falamos de nós mesmos, o ambiente se refere á totalidade dos objetos permanentes e das relações que abstraímos do fluxo da nossa experiência.

De outro, sempre que focalizamos nossa atenção em um item específico, o ambiente se refere áquilo que cerca o elemento que isolamos, e nós tendemos a esquecer que tanto o elemento como suas imediações fazem parte do nosso próprio campo experiencial, não de um mundo objetivo independente do observador.

Este acredito, é um aspecto cruacial a considerar se desejamos abordar o ensino e a educação a partir de uma posição construtivista.

Com demansiada frequência, estratégias e procedimentos de ensino parecem provir da suposição ingênua de que o que nós percebemos e inferimos das nossas percepções está presente, pré-fabricado, para que os estudantes captem, se apenas tiverem a vontade de fazê-lo.

Isso desconsidera o ponto básico de que o modo como nós segmentamos o fluxo da nossa experiência e relacionamos os pedaços que isolamos é, e necessariamente permanece, uma questão essencialmente subjetiva.

Desta forma, quando pretendemos estimular e melhorar a aprendizagem de um estudante, não podemos esquecer que o conhecimento não existe fora da mente de uma pessoa.

Este assunto foi recentemente um tanto confundido pela conversa sobre conhecimentos e significados compartilhados.

Esta conversa é frequentemente desencaminhadora, pois há modos notavelmente diferentes de partilhar.

Se duas pessoas partilham um quatro, há um quatro e ambas vivem nele.

Se elas partilham uma tigela de cerejas, nenhuma das cerejas é comida por ambas as pessoas.

Esta é uma diferença importante e deve ser mantida em mente quando falamos de ignificados compartilhados.

As estruturas conceituais que constituem significados ou conhecimentos não são entendidas que poderiam ser usadas alternativamente por indivíduos diferentes.

Elas são construtos que cada usuário tem que construir para si mesmo.

E porque são construtos individuais, jamais se pode dizer se uma ou duas pessoas produziram o mesmo construto.

No máximo, podemos observar que em um determinado número de situações, seus construtos parecem funcionar da mesma forma, ou seja, eles parecem compatíveis.

Por isso, os que estão enfatizando a dimensão social da linguagem e do conhecimento deveriam usar a expressão de Paul Cobb (1991) taken-as shared ("tido-como-partilhado"), que acentua o aspecto subjetivo da situação.

Pois é uma coisa afirmar que, no que se refere á uma experiência da pessoa, o sentido que os outros atribuem a uma palavra parece ser compatível com a nossa própria, mas uma outra bem diferente supõe que ele tem que ser o mesmo.

No comments:

Post a Comment

Libras