A acomodação é constituída por um comportamento reflexivo, integrador, que serve para mudar o nosso próprio eu e explicar o objeto para que funcionemos em relação a ele com equilibrio cognitivo.
Em equilibração das estruturas cognitivas, Piaget (1977) explica que seu "modelo anterior se mostrara insuficiente...
A nova idéia central é que o conhecimento não procede somente da experiência dos objetos nem de uma programação inata desempenhada no sujeito, mas de construções sucessivas" (P.V)
Ele oferece três modelos de equilibração.
O Primeiro se dá entre a assimilação dos esquemas de ação e a acomodação destes aos objetos; por exemplo, o bebê aprendendo a coordenar o olhar, o buscar e o sugar para agarrar um chocalho e trazê-lo até á boca.
O Segundo resulta das interações entre duas idéias lógicas que o sujeito considera contraditórias.
Por exemplo, quando defrontados com a tarefa de conservação do comprimento, na qual duas estradas são representadas usando palitos de fósforo (Ver figura 2.2), um aprendiz pode declarar que a fila de baixo é mais longa por que ela se estende até mais longe (uma idéia pré-operacional de comprimento embasadas em indícios visuais) e então declara que a estrada de cima deve ser mais longa porque ela tem mais palitos (uma idéia numérica embasada na quantidade).
A contradição entre essas idéias provoca um desequílibrio que é resolvido com a construção da conservação do comprimento (Inhelder, Sinclair & Bovet, 1974).
A Terceira forma descreve a diferenciação e a integração da estrutura unitária do conhecimento, relações que unem dois sistemas de pensamento á totalidade que os inclui.
Considere, por exemplo, dois sistemas referenciais, cada um dos quais descreve movimentos, como o de um viajante andando sobre o trem e o de observador movendo-se ao lado do trem.
Para construir uma compreensão do deslocamento envolvido, é necessário coordenar cada um dos sistemas em um sistema unificado que inclua uma diferenciação de cada um dos subsistemas.
Para entendermos plenamente o conceito de equilibração, devemos pensar nele como um processo dinâmico, não é um equílibrio estático.
A equilibração não é um processo sequencial de assimilação, depois conflito, depois acomodação.
Ela é, em vez disso, uma "dança" dinâmica de equilibrios progressivos, de adaptação e organização, de crescimento e mudança. Á médida que firmamos a nós mesmos - assim como embasamos nossos construtos lógicos sobre experiências e informações novas, exibimos um pólo do comportamento; nossa natureza reflexiva, integrativa, acomodativa, é o outro pólo.
Estes dois pólos provêem uma integração dinâmica que, por sua própria natureza auto-organizadora intrinseca, serve para manter o sistema em um estado aberto, flexível, produtor de conhecimento. Piaget (1977):
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